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Especialistas alertam para os riscos de medicalizar estados emocionais naturais e ignorar os chamados profundos da alma

Especialistas alertam para os riscos de medicalizar estados emocionais naturais e ignorar os chamados profundos da alma


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Na correria dos dias, no excesso de estímulos, notificações e exigências, é comum que o cansaço da alma seja confundido com transtorno mental. Sentir-se esgotado, sem vontade de falar, com a energia voltada para dentro, muitas vezes é interpretado como sinal de depressão. Mas, do ponto de vista da psicologia analítica, nem todo recolhimento é patológico. Às vezes, é apenas a psique pedindo silêncio.

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço e pai da psicologia analítica, defendia que momentos de recolhimento são essenciais para o amadurecimento psíquico. “O que não enfrentamos em nosso interior, encontraremos como destino”, afirmou. Silenciar o mundo externo pode ser uma forma da alma anunciar que precisa ser ouvida.


Na tentativa de responder às pressões do cotidiano, muitas pessoas buscam rapidamente diagnósticos, rótulos e medicações. Mas o que parece uma depressão pode ser um estado necessário de pausa, introspecção ou transição. Uma espécie de hibernação emocional onde a alma se reorganiza.


“É importante diferenciar sofrimento psíquico de transtorno mental. Nem todo sofrimento é doença”, explica a psicóloga junguiana Lúcia Helena Andrade. “Às vezes, o sujeito precisa parar. Precisa se recolher para escutar algo que, até então, vinha sendo abafado pelo barulho da rotina.”


Na era da produtividade, até a tristeza precisa justificar sua existência. Mas a alma não opera por lógica capitalista. O que ela deseja, muitas vezes, é o oposto: parar, calar, sentir, elaborar. O perigo está em patologizar tudo — e, com isso, silenciar ainda mais o que já estava gritando de maneira simbólica.

Isso não significa, claro, desconsiderar os quadros clínicos de depressão, que são sérios e exigem atenção especializada. Mas é preciso espaço para nuance. Nem sempre a resposta está no diagnóstico.

Muitas vezes, ela está no silêncio, na escuta simbólica e na coragem de não fugir do vazio.


A psique, como a natureza, tem seus ciclos. E há invernos internos que não precisam de remédio, mas de tempo. Nem tudo é depressão — às vezes, é a alma dizendo: “me escute, me sinta, me deixe respirar”.

 
 
 

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Este é um espaço de escuta, acolhimento e reencontro com aquilo que muitas vezes a vida tenta silenciar: a verdade da sua alma. Aqui, acreditamos que não há caminhos prontos — há travessias únicas, feitas com coragem, delicadeza e presença.

Seja muito bem-vindo(a) ao Símbolos da Alma, um lugar onde suas histórias, suas dores e suas potências são bem-vindas. Você não precisa ter todas as respostas agora. Basta respirar, sentir e permitir-se começar.

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