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Quando não nos reconhecemos: a desconexão de si e o caminho de volta

Especialistas alertam para o impacto da vida acelerada na saúde emocional e a importância de restaurar o vínculo com o próprio sentir


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Você já se olhou no espelho e teve a sensação de não se reconhecer? Ou se deparou com uma foto antiga e pensou: “Ali eu parecia mais feliz... parecia mais eu”?


Essa sensação de estranhamento com a própria imagem, identidade ou estado emocional é mais comum do que se imagina. Trata-se de um afastamento sutil, porém profundo, de si mesmo — um esvaziamento que se instala lentamente em meio às rotinas aceleradas e às exigências da vida contemporânea.


“É como se tudo ao redor perdesse a cor: as relações, as rotinas, o próprio corpo. As pessoas relatam frases como ‘me abandonei’, ‘não sinto mais nada’, ‘não me reconheço’”, explica a terapeuta junguiana Ana Luiza Matos. Segundo ela, esse tipo de desconexão emocional muitas vezes nasce de um estado de exaustão sensorial, quando até o prazer das pequenas coisas desaparece.


Vivemos no piloto automático. Comemos apressadamente, sentimos sem presença e existimos sem pausa. Esse ritmo constante impacta diretamente nossa percepção interna e nossos sentidos mais básicos — a respiração, o paladar, o toque, a escuta. “Quando os sentidos são silenciados, o corpo e a alma adoecem”, afirma Matos.


Esse modo de vida, que dessensibiliza e fragmenta, tem um preço alto: a perda do vínculo com o próprio eu. E é nesse ponto que surgem não apenas os sintomas emocionais, mas também físicos, como insônia, ansiedade e crises de identidade.


Mas há um caminho de retorno.


Recuperar-se dessa dissociação começa com um gesto simples, embora poderoso: parar. O primeiro passo é a decisão consciente de escutar a si mesmo. Silenciar o ruído externo para perceber os sinais internos — o que dói, o que pulsa, o que precisa ser acolhido.


“Voltar para si é um processo, não uma linha reta. E ele só começa quando damos permissão para sentir, sem julgamento”, destaca a terapeuta.


Em tempos em que a produtividade é exaltada e o silêncio é evitado, reconectar-se consigo torna-se um ato de coragem e cuidado. Às vezes, tudo o que a alma pede é uma pausa — e um espelho que reflita não apenas a imagem, mas a verdade que há por trás dos olhos.

 
 
 

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